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A ARTE ELABORADA PARA O 23º FNAE
sob o olhar da ARTISTA.

Do barro nasce o corpo.
Da mente brota o sentido.
Do espírito emana a luz.
E a arte, em sua essência, une tudo o que somos.

O cartaz do 23º Fórum Nacional de Arte Espírita (FNAE) nasce da terra, do barro e da floresta. Ele evoca a Amazônia como ventre criador, lugar onde a matéria e o espírito se encontram para gerar forma, cor e vida. É um convite ao retorno à origem, à lembrança de que tudo o que existe vibra, sente e se transforma.

A figura feminina moldada em barro representa o ser humano em sua jornada espiritual. Ela é corpo que sente, mente que pensa e espírito que se eleva. O barro, ancestral e sagrado, recorda o princípio da criação: “Do pó viemos e ao pó retornaremos.” No entanto, à luz da filosofia espírita, esse retorno não é fim, mas renovação. A matéria se desfaz, mas o espírito prossegue, enriquecido pela experiência. Assim, o barro simboliza o ciclo eterno da vida — o berço e o recomeço, a argila onde Deus imprime a centelha divina.

Ao elevar-se, essa mulher esculpida manifesta o instante da transcendência, o momento em que a alma reconhece sua natureza espiritual e se ergue além da forma. Ela expressa o caminho evolutivo do ser, que parte da matéria para o pensamento e do pensamento para a consciência iluminada.

A floresta amazônica, presente como fundo e inspiração, é símbolo da vida em plenitude, da harmonia entre os reinos da criação. Ela respira junto com o ser, lembrando que tudo está interligado e que a arte é também um ato de comunhão com a natureza e com o divino.

 

Na marca do FNAE, o sol desponta por trás do nome, revelando o nascer da consciência. Seus grafismos irradiam como flores e raízes, representando o florescer espiritual que acontece quando o ser desperta para sua luz interior. O sol é, assim, metáfora da presença divina em nós — a energia que anima o barro, aquece a mente e ilumina o espírito.

As cores terrosas e rosadas remetem ao barro da região amazônica, à matéria viva que dá forma à arte e ao homem. São tons de origem e de pertencimento, mas também de afeto e espiritualização. As texturas e grafismos inspirados nas pinturas tapajóaras e nas formas ancestrais evocam a sabedoria dos povos que expressam o sagrado através do gesto criativo.

Nessa união entre corpo, mente e espírito, o FNAE propõe um mergulho no essencial: reconhecer na arte o espelho da própria alma. A arte, aqui, não é apenas expressão estética — é via de autoconhecimento e transcendência, linguagem da alma que busca compreender e manifestar o divino.

 

O cartaz convida cada participante a sentir o chamado da terra, a reconhecer-se como barro moldado pela vida e soprado pelo espírito. Convida à escuta profunda, à criação com propósito e ao florescimento da consciência.

Carolina Medeiros
Multi Artista Espírita
Associada ABRARTE

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ARTISTAS ESPÍRITAS

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